quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Corrupção

    Etimologicamente, corrupção significa deterioração. Mas será essa corrupção material de que estávamos a falar na aula? Ou estávamos a falar da corrupção que está dentro do homem e que podemos observar em qualquer parte do mundo?!
    Muitas são as formas de corrupção embora todas elas com um aspecto semelhante, representam algo mau.
    Corrupção é aproveitarmo-nos dos mais fracos. É ter segundas intenções em tudo o que se faz, mesmo que, à primeira vista pareça ajudar por ajudar, pois na verdade quem é ajudado fica em dívida para quem o ajuda e é esta segunda segunda intenção de que resulta a corrupção.
   Um mundo sem corrupção seria uma mundo melhor, seria um mundo de bem.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A Corrupção


Na aula passada tivemos a oportunidade de discutir sobre um assunto muito relevante nos dias de hoje, a Corrupção. Analisámos a forma como se origina, se desenvolve e se implanta nas várias situações, assim como, reflectimos sobre a sua existência e consequências graves que cria. Considerámos o nosso país como um dos temas centrais nesta discussão pois é um grande exemplo da existência deste fenómeno tão crítico e desonesto. Tal tema foi abordado com base na obra “Sermão aos Peixes” de Padre António Vieira e todas as suas ideias acerca das origens corruptas presentes no Homem e no Mundo.

A Corrupção, pela maioria dos casos, é considerada um mau caminho para a sociedade e uma espécie de crime secreto que é exercido por todos os indesejados. No entanto, as pessoas esquecem-se que a Corrupção não passa de um simples plano ou acto mal intencionado, mas sim de algo contagiante que se pode aproximar de nós mais rápido do que possamos imaginar. Na verdade, esta calúnia manifesta-se com simples boas intenções ou gestos de caridade que todos nós gostamos de partilhar com aqueles que nos são mais próximos, importantes ou até essenciais na nossa vida. Tomemos como exemplo um negócio familiar, numa certa empresa. Um indivíduo toma o cargo de chefia dessa mesma empresa, lidera o negócio e garante sucesso. Automaticamente, na maioria dos casos, dois acontecimentos irão surgir depois desta mudança: familiares ou amigos dessa pessoa, que agora conduz um grande poder, irão pedir um cargo nessa empresa e o próprio chefe irá aceitar essa abordagem. É, em situações deste tipo, que eu falo em jogo de interesses que, por sua vez, vão provocar a compaixão de quem é abordado. Neste caso, o chefe. Não só o facto de o indivíduo atribuir um cargo a alguém com base em sentimentos é uma forma injusta e desproporcional em relação a todas as outras pessoas que desejam esse mesmo cargo, como também esse familiar ou amigo irá criar uma tendência para ficar em dívida desse privilégio concebido. Isto para não falar da relação de chefe e empregado que irá ser muito diferente e prejudicial para o próprio negócio. Considero esta situação bastante caricata e até, de uma certa forma, irónica.

Até alguns de nós, ao imaginarem-se nesta situação, não conseguem admitir tal intenção, mas é muito provável que aconteça a qualquer um pois todos nós somos seres humanos e isso leva-nos a errar. Considera-se então que a Corrupção para além de ser contagiante, também faz parte de nós. Deste modo, a tendência para a corrupção está implantada na natureza humana desde o princípio. Alguns homens têm força suficiente para resistir a essa tendência, outros não a têm. Assim, todos os humanos são condicionados por este fenómeno pois, ao estabelecerem relações entre si, passam a depender de sentimentos particulares como o amor, a benevolência, simpatia, e delicadeza. Tudo isto, para além de nos tornar susceptíveis do condicionalismo, limitam também a nossa liberdade e agravam a falsidade dos nossos juízos e valores, os quais deveriam ser fixos, objectivos e intocáveis. Mas, na verdade, não são e toda a corrupção, através de uma obra, acção ou de um gesto, confirmam a nossa fragilidade e a importância que atribuímos ao amor próprio, às nossas opiniões e até mesmo à impressão que temos do mundo. É evidente que, todo este processo se torna mais grave quando o usamos para o poder. É o que acontece nos sistemas governamentais pois baseiam-se na tentativa do total controlo da população, encaminhamento e persuasão da mesma. Desta forma, a corrupção pode ser usada como instrumento na busca do bem individual à conta do prejuízo de quem sofre.

Há quem considere ainda que uma civilização, a qual não é fácil de se atingir, pode ser alcançada pelo Homem de duas formas: pela cultura ou pela corrupção. Ambas são essenciais nas relações humanas, interessantes e difíceis de serem praticadas e, por essa mesma razão, as pessoas estagnam, permanecendo no seu canto. Toda esta bola de neve, consequentemente, realça o individualismo.

Em Portugal, a Corrupção ganha vida. Respira, essencialmente, através da Administração Pública, a qual é dominada pelas influências, fraudes, cunhas, combinações, fontes e companheirismos. Desta forma, é um grande exemplo da Corrupção implantada ao nível político-administrativo de um Estado que, por sua vez, é exercida por um funcionário ou político com o objectivo de garantir uma vantagem em relação a todos os outros, através de actos contrários aos seus deveres. Como conseguinte, a Corrupção é o maior obstáculo ao desenvolvimento económico e social de qualquer país.

Melhor dizendo, é o maior entrave para uma nação, para todas as pessoas que nele vivem e, principalmente, para a dignidade humana. E todos nós somos responsáveis por isso.

Rita Alexandra Matos Nº19  11ºD

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Aparicao - Vergilio Ferreira


Apresentação Oral - "Aparição" de Virgílio Ferreira

Aparição é um romance de Virgílio Ferreira, que contem teorias, filosóficas, relacionadas com o existencialismo. É escrito em primeira pessoa e publicado em 1959, sendo a personagem principal, o também narrador Alberto Soares.

Alberto Soares - O único filho solteiro do Dr. Álvaro Soares, um médico e lavrador e de D.Susana.

Tem dois irmãos: Tomás, engenheiro e também lavrador, casado com Isaura, tem dez filhos e é o preferido do pai.

O outro irmão é Evaristo, o preferido da mãe, é o mais novo, é casado com Júlia, filha de um industrial rico, e tem um filho.

Nasceu na Serra da Estrela.

É na montanha que Alberto encontra a proteção, no entanto, após a morte do pai, essa mesma protecao perde o seu sentido, desvanecendo-se, abandonando ele posteriormente a serra, indo viver para a cidade.

Alberto Soares, o protagonista, começa a refletir sobre a sua vida. No início do primeiro capítulo ele começa a contar-nos a história da sua vida.

Ele conta acerca da sua estadia em Évora e como nesse período de tempo, um ano letivo, ficou a lecionar nessa terra e conheceu pessoas com quem discutiu e aprofundou as suas teorias e os seus pensamentos.

Em Évora, Alberto, criou duas relações  uma relação com uma mulher, Sofia, criou uma relação amor ódio com Ana, a irmã de Sofia. Ambos discutiam acerca das teorias existenciais do autor e ela desvalorizava e valorizava em simultâneo a lógica deste, sendo que desta forma, ao longo de todo o livro, é criada alguma dificuldade em perceber se Ana gosta ou não de Alberto pois ela constantemente acompanha o seu pensamento, como o julga, critica e está contra ele.

Existe ainda outra personagem, também irmã de Sofia, que é Cristina. Cristina era uma crianca e tocava muito bem piano, sendo essa uma das pessoas com que, a meu ver, com quem Alberto sentia-se verdadeiramente confortavel e calmo.

Avancando um pouco na historia, vemos alberto mais a frente a falar acerca do passado e do porquê de ele apresentar hoje e pensar em teorias filosoficas.

O seu pai morre, no entanto, para além disso existem várias outras mortes de personagens também importantes, tendo todas uma simbologia como por exemplo a de Cristina, dado o facto dela (IMPORTANTE) ser perfeita demais para viver neste mundo onde está presente a contradicao e a reflexao muito aprofundada, que a meu ver, acaba por eliminar as coisas básicas na vida (IMPORTANTE); 

-> Acaba por centrar parte do livro. No livro Alberto é constantemente "atacado" por ideias e filosofias de vida muito complexas, e pode-se dizer que, não fazia sentido, alguém perfeito como Cristina, a menina que tocava muito bem piano, viver neste mundo, não se questionando, não tendo defeitos, no fundo, ter uma vida não vivida, é o mesmo que ter uma vida não questionada. <- quando se tem defeitos, são criadas perguntas, a nós, ou no fundo, a esses mesmos defeitos, nem que seja o porquê de eles existirem. <-

O livro, a meu ver, também demonstra o pensamento do autor, Vergílio Ferreira, pois se o narrador pensa nestas teorias, dado esse ser na primeira pessoa, o autor do livro também pensava nestes assuntos, ou seja, isto demonstranos assim alguma biografia do autor.Alberto Soares, o protagonista, começa a refletir sobre a sua vida

Aparição é um romance, que tem como tema principal o problema da existência do homem no mundo. A personagem principal, sendo também essa o narrador, Alberto, procura encontrar  a verdade da vida, no entanto, isso é torna-se complicado, pois esta procura torna-se muito angustiante porque é acompanhada de um sentimento de solidão e incompreensão por parte de quem o rodeia

Na Aparição, é visível a filosofia existencialista, pois Alberto procura o "eu", surgindo esse em numerosas manifestacoes, e assim sendo, é perceptivel que o mesmo, apesas das pessoas que o rodeavam, ele sentia-se sozinho.

No fundo, Alberto, embora tendo muita gente à sua volta, sente-se sozinho nesse mundo porque, acima de tudo está a necessidade de ele se encontrar a si mesmo e todas essas pessoas que a volta dele circulam acabam por ser insignificantes ou pelo menos, não estarem realmente presentes porque não é essa presença a necessidade de Alberto.

Por isso, Alberto vive constantemente em conflito com a sua condição humana, acreditando que a sua existência não pode mudar de qualquer forma, mesmo considerando até, que nem a intervencao divina o conseguiria fazer.

Neste romance encontra-mos alguma simbologia que é dada a entender, como por exemplo a noite, associada à morte, entre outras. Porquê? Porque neste romance são várias as mortes que acontecem, e assim sendo todas elas levam, por pouco que seja, o narrador a fazer reflexoes de vida.

Por isto mesmo, nota-se ao longo de todo o romance que a maior parte dos espacos em

relas, a lua e a música também são elementos simbólicos que levam a personagem / narrador a sentir-se num cenário propício à sua reflexão existencialista. De facto, tanto no início como no fim da obra, a lua (a noite) está presente no momento em que Alberto se senta na varanda para meditar. Porém, no primeiro capítulo temos um «eu» angustiado que questiona o absurdo da vida e da morte, enquanto que no último capítulo temos um «eu» apaziguado e rendido à evidência da condição humana.

No primeiro capítulo temos um «eu» angustiado que questiona o absurdo da vida e da morte, enquanto que no último capítulo temos um «eu» apaziguado e rendido à evidência da condição humana.

Concluindo, este proporcionou bons momentos de reflexão, dado essas mesmas que o narrador nos faculta e presencia ao longo do livro.

Tiago Oliveira, nº21, 11ºD

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Apresentação oral

                                                 Livro "Sem destino"
           Este livro trata a história de um jovem de quinze anos, Gyunka, que era um menino cujos os pais estavam separado, e quem vivia com ele era o seu pai. Gyunka tivera de abandonar a escola, devido à ida do pai para um campo de trabalho .
Contudo, Gyunka abandou a escola antes do seu pai ir mesmo para o campo de trabalho, para assim ele, o pai e a madrasta com quem vivia, terem tempo de ir comprar aquilo que achavam que era necessário para levar para o campo de trabalho e também para se despedir das pessoas que gostava. Para se despedir das pessoas que lhe eram importantes organizaram uma espécie duma “festa de despedida”, onde só foi a família mais próxima. Neste jantar o irmão mais velho da madrasta, o tio Lajos, começa, por explicar ao rapaz que << os anos preocupados e felizes da infância >> iriam acabar, pois Gyunka tinha de assumir outras responsabilidades, e que ele teria de enfrentar antes do outros rapazes da idade dele as vicissitudes da vida.
O que deixa Gyunka, com mais consciência de que o seu pai iria mesmo partir para este campo. Até que quando, acaba o jantar e todos se vão embora, Gyunka, chora quando chega o momento de se despedir do seu pai. Neste momento, o seu pai pede-lhe para ser forte e não abandonar a sua madrasta.
Passados um mês e duas semanas do seu pai partir, Gyunka, tal como as outras crianças judias são obrigadas a trabalhar, visto que ainda não podia ir para os campos de trabalho. Gyunka sentia-se privilegiado por trabalhar em Csepel, um sitio que os judeus não podiam ultrapassar, contudo o rapaz, tal como os outros que trabalhavam aqui, tinham uma autorização especial.
O rapaz, como era costume, ia todos os dias trabalhar, e para ir trabalhar apanhava o autocarro, só que houve um dia em que autocarro foi mandado parar por um polícia. E o rapaz, não estava a perceber porque, até que disseram para todos os judeus no autocarro descerem. E ia mandando parar vários autocarros e ninguém estava a perceber, o porquê.
O que os rapazes, não sabiam, era que já não iam mais trabalhar para os sítios nas refinarias, e que iam para um campo de concentração.
  Ao fim de algumas horas, os judeus tiveram-se de organizar em filas, todos  identificados com a estrela amarela.  Estas filas era para poderem andar até encontrarem um portão. Neste lugar, encontraram um militar que lhes ordenou que levassem todos os judeus para a cavalariça e os fechassem aí durante toda a noite.
Depois estes judeus tiveram-se de sair deste campo gasto e isolado, para um comboio de mercadorias onde foram até Auschwitz, um campo de concentração. Quando chegaram a Auschwitz, os homens foram separados das mulheres. Esta situação toda, era muito estranha para Gyunka, e este como não estava confortável com a situação, ia olhando para as várias pessoas e relatando o que estavam a dizer, de forma, a perceber o que era realmente aquilo.
Em Auschwitz, já no campo de concentração, os judeus ficaram, sem os seus bens, pois ordenaram que eles fossem tomar banho e disseram que as suas coisas iriam ser desinfectadas. O que é mentira, foi uma estratégia para se apoderarem dos pertences dos judeus.
 Gyunka, pensava que ia para este campo trabalhar, quando se apercebeu de várias situações.
Enquanto está nos campos de concentração, este rapaz, lembra-se que as coisas em sua casa eram diferentes, e tudo mais. E que o que lhe causava mais tédio, nestes campos de concentração era o facto de nada acontecer.
Passado, Auschwitz, Gyunka vai para o campo em Buchenwald, este campo é melhor para todos os rapazes, pois podem comer mais, entre outras coisas.
Por fim, o rapaz e os seus colegas vão para outro campo, em Zeitz, que ainda foi o melhor campo de todos onde estiveram. Este campo era como Gyunka diz << pronvinciano>>.
Em zeitz, Gyunka, diz que o cataveiro não passa de quotidiano cizento, ou seja, que também tem a sua rotina. Neste campo Gyunka trabalhava numa fábrica e que tinha uma hora livre, que era a hora do jantar.
Mais tarde, Gyunka, é libertado do campo de concentração, e quando se confronta consigo mesmo, parece que não se conhece.
Gyunka começa então a contar a sua história de forma resumida a uma pessoa, que lhe faz várias perguntas e perguntou se tinha passado por muitos horrores e Gyunka, diz que depende do que o senhor considerar horror, ou seja, tenta explicar, que a fome entre outras situações é normal nestes campos.
Depois de falar, com este senhor, encontra a sua casa, e toca á porta e a porta abre-se, e Gyunka estranhou vir à porta uma pessoa desconhecida.  E tentou explicar a essa pessoa que vivia ali, mas depois apercebeu-se que se tinha enganado. Mais tarde, toca à porta de uma porta que lhe parece familiar, que é a do seu vizinho.
À conversa com este seu vizinho, Gyunka, pergunta pelo seu pai, e o qual lhe diz que o seu pai morreu num campo na Alemanha. Perguntou também pela madrasta, que já se tinha casado com outra pessoa. E vai-se desenrolando uma conversa em que o seu vizinho lhe pergunta se ele já pensou no futuro e também sobre como foi a vida nos campos de concentração.
Interpretação do livro “Sem destino”
Eu acho que esta é uma história de um rapaz que foi muito corajoso, em assumir o seu passado vivido nos campos de concentração. E que considerou que os campos de concentração não foram uma infelicidade tremenda como muitas pessoas que passaram por estes campos o relatam. Para Gyunka, isto foi só mais um momento que teve de passar na sua vida. Na minha opinião, Gyunka, sabe que a vida não é toda um mar de rosas e que existem contratempos e vicissitudes que temos de conseguir ultrapassar, como se de obstáculos se tratassem, para podermos crescer e desenvolvermos a nossa capacidade de analisar o que realmente é mau. Provavelmente para Gyunka, existiam coisas pior pelas quais podia ter passado nos campos de concentração, ou fora disso, existiam outras coisas piores que lhe podiam ter acontecido na vida.
Mas crescer, implica, passarmos alguns obstáculos, e Gyunka, é um exemplo de quem conseguiu passar um grande obstáculo ( no meu ponto de vista ) e seguir com a sua vida em frente.
Este rapaz, de apenas 15 anos, acho que aprendeu a olhar para as atitudes das pessoas com outros olhos e a desconfiar sempre de uma grande generosidade das pessoas. E que as pessoas não são aquilo que parecem, ou seja, perante uma atitude que parece generosa pode estar implícita uma segunda intenção.
Por fim, eu acho que este livro, nos leva a pensar se aquilo que nós achamos que é o fim do mundo, se olharmos para o exemplo de outras pessoas, se não existem coisas piores.
Opinião sobre o livro
Eu acho que este livro é surpreendente, pois ao início, podemos pensar que a história que se irá desenrolar, será sobre o pai de Gyunka e a sua ida para o campo de trabalho. Mas afinal, compreendemos que tudo se vai desenrolar através de Gyunka e as suas idas para 3 campos de concentração.
Uma passagem que gostei ( pág. 98 )
“…O importante é não se deixar ir abaixo : enquanto houver vida, há esperança…”
 Eu acho que esta é também uma das mensagens essenciais do livro: que é nunca desistir.